Prendi aos cabelos sonhos diversos
Em longas tranças, mecha por mecha
Feitas de seiscentos fios de versos
Em rimas incertas que voaram pela janela
E meus versos se espalharam pelo céu,
Em fios soltos de cabelos e poesia
Flutuavam em uma nuvem de papel
Se enrolando ao nada e brotando em fantasia
Emergiam livres, cresciam felizes,
Meus versos líricos e também medonhos
Em madeixas que flutuavam sem raízes
Loucas fantasias e sonhos estranhos...
E não havia mais como esconder
Aqueles fios que cresciam manchados
À espera de se tornarem pecados
A se cometer...
Mas às vezes eles reluziam, girando
Dançando ao vento a se balançar
Atraindo estrelas, luas e anjos
Que viviam em minha volta a bailar
Havia também os fios tortos
E eu tentava arrumar as ideias incertas
Em versos de rimas modestas
Que ainda hoje sigo a trançar...
(NLC)
Bela poesia. Parabéns; sumido do RL. Aguardando sua nobre visita. Um abração.
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