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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A louca

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     No céu estrelado a lua reluzia qual emblema polido. Todos dormiam na cerração profunda do esquecer onírico. Mas ela não dormia, e como poderia? Se tinha o peito rebentado de dores enquanto chorava sobre o sepulcro do amado, rodeada de lápides diversas. “Se ao menos pudesse vê-lo uma ultima vez.” Pensava e sentenciava de si para si: “A vida sem amor não é vida; é charco, demência”

     Então, sob trepidações indescritíveis, o jazigo fendeu e viu ascender lentamente aquele por quem seu pranto derramava. Em regozijo, dançou e cantou banhada pela luz da lua, indiferente aos funcionários do sanatório que se aproximavam para levá-la de volta ao “lar”.


Maria Santino ( Maria Silva)

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