No céu estrelado a lua
reluzia qual emblema polido. Todos dormiam na cerração profunda do esquecer
onírico. Mas ela não dormia, e como poderia? Se tinha o peito rebentado de
dores enquanto chorava sobre o sepulcro do amado, rodeada de lápides diversas.
“Se ao menos pudesse vê-lo uma ultima vez.” Pensava e sentenciava de si
para si: “A vida sem amor não é vida; é charco, demência”
Então, sob trepidações
indescritíveis, o jazigo fendeu e viu ascender lentamente aquele por quem seu
pranto derramava. Em regozijo, dançou e cantou banhada pela luz da lua,
indiferente aos funcionários do sanatório que se aproximavam para levá-la de
volta ao “lar”.
Maria Santino ( Maria Silva)
Espero que gostem.
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