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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O Pianista e o Escritor

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Já é quase noite em São Paulo, e a jornada diária de trabalho chega ao fim. Aos poucos, todos vão se levantando de suas mesas, reunindo seus pertences e seguindo viagem. Alguns vão para casa, outros rumam para a universidade, e muitos, ainda, vão se encontrar com amigos e colegas para se divertir. São Paulo é muito grande, por isso oferece infinidades de opções de diversão.

Na rua, acendo um cigarro e começo a caminhar vagarosamente em direção à estação de trem. Devido ao horário de pico, as ruas estão repletas de carros parados em meio ao trânsito, habitual e caótico. Os ônibus estão lotados, e nos pontos mais pessoas aguardam para embarcar. O formigueiro está montado!

Pontos de luz surgem de todas as direções; dos prédios e Outdoors, bares, restaurantes e faróis pertencentes às centenas de carros enfileirados nas avenidas.

Em frente à estação, um anúncio da CPTM informa a todos sobre uma pane elétrica que ocorrera nos trilhos, horas antes. Ao ver o anúncio, muitos preferem ficar e aguardar ao lado de fora, mas, a estação está cheia. Pessoas estressadas andam de um lado para outro, reclamando e bravejando de toda a problemática encontrada nos transportes públicos.

Após passar as catracas, noto a discussão entre duas mulheres que acusam, uma à outra, de terem cortado a fila na compra dos bilhetes do metrô. A discussão é acirrada e logo um guarda se interpôs e amenizou a situação.

Subindo o lance de escadas que levam à plataforma de embarque, me deparei com uma cena totalmente inesperada. Ao canto e mais a fundo, num local menos acessado, estava um homem sentado à frente de um Piano. Concentrado na melodia em que estava tocando, parecia não notar nada além do instrumento em sua frente e as notas produzidas.

 Algumas pessoas paravam a certa distância para admirar a arte. Então notei que naquele ambiente, e apenas ali, as pessoas estavam intertidas no espetáculo inesperado e esquecendo, por um momento, dos problemas que faziam todos estarem ali.

Mas que interessante”, pensei. “Creio que renderia uma boa crônica, e porque não?!

Caminhei em direção ao piano e me sentei em uma cadeira disposta ao lado do músico, mas a certa distância. Abri minha mochila, peguei meu caderno de rascunhos e comecei a escrever o presente texto (este que você está lendo). Então ficamos assim, o pianista intertido em seu instrumento; eu, de intruso, me inspirando na melodia e escrevendo compulsivamente, e a população curiosa observando aquela estranha dupla na estação de trem.

Cerca de quarenta minutos depois, os trens voltaram a circular e os espectadores foram se esvaindo. Então, um rapaz se aproximou e pediu para tirar uma foto daquela cena (esta que está acima do texto). Aceitamos de prontidão e pedi para que me enviasse por e-mail. Assim o fez.

Assim que o músico terminou sua melodia, me apresentei e lhe mostrei a crônica que acabara de fazer, fiquei de lhe enviar o endereço do Blog depois que a tivesse publicado. Demos boas gargalhadas e nos despedimos. Assim, foi minha volta para casa nesta segunda-feira, 28 de Janeiro de 2014.


“Moral da História: Até em meio ao caos, podemos encontrar a paz.”


Abraços aos leitores!!! 


7 comentários:

  1. Maravilhoso conto. Muito interessante mesmo. Parabéns e um abração.

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    1. Engraçado como nos deparamos com situações inesperadas no dia a dia, não é mesmo?!

      O interessante é tentar enxergar coisas boas em tudo!

      Abraços

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  2. maravilha d crônica, William, a sociedad deveria estimular + a contemplação da vida... Parabéns pelo texto e o blog qerido, gd abraço

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    1. Boa tarde!!! Mas que calor aqui em São Paulo hein?!

      Realmente, concordo com você, mas essa contemplação da vida parte também de uma questão cultural. Acredito que foi pensando nisso que as prefeituras de SP dispuseram dos pianos em algumas estações de Trem...

      Acredito que estamos rumando para isso... Abraços e obrigado!!!

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  3. Excelente, mas hoje passo para desejar-lhe um feliz dia do blogueiro. Luz e paz. Abs

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  4. Admirável como as coisas mais belas da vida estão na simplicidade de um ato. Adorei a crônica.

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